sexta-feira, 16 de abril de 2010

Dia Mundial do Meio Ambiente

Você toma banho, viaja, compra coisas, come, vai à escola e faz as mesmas coisas que quase todo mundo faz. E a gente pode não perceber, mas todas essas ações causam impacto na natureza.

Faz pouco tempo que a humanidade começou a se preocupar com isso. Antigamente as pessoas não tinham consciência de que suas ações afetavam a vida de outros seres. E a população era bem menor e o modo de vida era muito diferente.

Assim, usar madeira de uma árvore para fazer só uma casa não seria um problema. Mas, para erguer uma cidade, uma floresta inteira poderia ser destruída, mudando a vida de muitos seres. Além disso, com uma população maior há mais interferência no ambiente para ter mais plantações, ruas, indústrias e fontes de energia.

Graças aos avanços da ciência, pouco a pouco o homem foi percebendo que causava desequilíbrio no ambiente e descobrindo quanto isso era grave. Preocupado, em 1866, o alemão Ernst Haeckel criou um termo para definir uma ciência que estava surgindo: a ecologia, que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente.

Mas foi só no século 20 que o assunto passou a ser mais discutido. Em 5 de junho de 1972, foi realizada a primeira Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, para destacar a importância de proteger a natureza e melhorar as condições de vida no planeta. A data foi escolhida como Dia Mundial do Meio Ambiente.

Hoje todos sabem que é importante preservar a natureza e a data serve para lembrar que devemos pensar sobre o problema.

Pensando no futuro

A cada ano nascem 77 milhões de pessoas. É mais gente consumindo produtos e recursos naturais. Aí, as indústrias produzem mais, e muitas poluem o ar, as águas e o solo.

Lixo, contaminação dos mares e poluição do ar e do solo não são ruins só para os humanos. Se outros seres vivos ficam sem alimento ou casa, podem desaparecer, piorando o desequilíbrio ecológico.

Além de tentar recuperar o que foi destruído, temos de encontrar soluções para que as pessoas vivam bem sem prejudicar a natureza. Hoje há cerca de 6,5 bilhões de pessoas na Terra. Calcula-se que, em 2050, sejam mais de 9 bilhões. Se toda essa turma ajudar, a Terra poderá se tornar um lugar melhor para os habitantes de todas as espécies.

Confira dicas do que você pode fazer pelo Planeta:

  • Use os dois lados da folha de papel. Aproveitar o que temos é um jeito de preservar recursos naturais.

  • Não desperdice água ou energia elétrica. Sugira os seus pais que usem menos o carro.

  • Recicle papéis, latas, vidros e plásticos.

  • Faça campanhas na escola e em sua rua para conscientizar outras pessoas.

VOCÊ SABIA QUE…

· O turismo ecológico ajuda a preservar o ambiente? Nesse tipo de viagem, o turista conhece melhor a natureza e aprende a respeitá-la.

· Cada habitante da Terra produz cerca de 5 quilos de lixo por dia?

· Existem crimes contra o meio ambiente? A poluição, a destruição de áreas de preservação e ações que prejudicam diretamente animais e plantas são alguns desses crimes.

· Já foram destruídos cerca de 700 mil quilômetros da floresta Amazônica? Nessa área, caberiam os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santos.

· A destruição das matas e a poluição do ar alteram o clima do planeta?

· Metade dos rios do mundo já está poluída?

Fontes Bibliográficas:

http://www.google.com.br/

O Planeta Precisa de Nós !!!

Ainda podemos fazer algo para salvar o ambiente que vivemos e não deichar que os nossos filhos sofram num futuro mais próximo pela falta de conciência humana.

terça-feira, 23 de março de 2010

Instituto Humanitas Unisinos - 14/02/09



Com medo de uma nova mortandade de peixes no Rio dos Sinos, autoridades ambientais em Novo Hamburgo estão em alerta.
A notícia é do jornal Zero Hora, 14-02-2009.
Ontem, uma medição marcou 1,7 miligrama de oxigênio por litro de água. Quando esse número fica abaixo do ideal – quatro a sete miligramas –, os animais mais sensíveis começam a ser afetados, mas os técnicos não haviam identificado nenhum morto até ontem.
A alta temperatura, somada à quantidade de matéria orgânica – esgoto e lixo – despejadas junto ao Rio do Sinos, provoca o desequilibrio. De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Ernani Galvão, uma forte precipitação de chuva na última quarta-feira sobre o Arroio Pampa, em Novo Hamburgo, colaborou para que a poluição se espalhasse e gerasse o nível de alerta.
Para evitar que a situação piore, a secretaria anunciou que dois aeradores serão instalados em pontos estratégicos do rio para ajudar a movimentar a água e aumentar a quantidade de oxigênio dissolvido gradualmente. Equipamentos como esses foram usados para evitar a ampliação da mortandade registrada em outubro de 2006, quando foram encontradas 86 toneladas de peixes mortos.
Apesar do problema, a prefeitura garante que o abastecimento de água não será comprometido. Mesmo assim, a população deve evitar a lavagem de calçadas e de veículos para diminuir o envio de produtos químicos e orgânicos na rede pluvial, o que piora a situação no Sinos.
A fauna do Rio dos Sinos:
Peixes mais comuns
Caraá, Lambari, Grumatã, Mussum, Barrigudinho, Viola, Joaninha, Cascudo, Cascudo dourado, Cascudo branco, Voguinha, Plava, Mandi, Limpa Fundo, Voga, Peixe-Lápis, Piava, Pintado, Dentudo, Sardinha, Jundiá, Limpa-vidro, Tambota.
Aves mais comuns
Gavião carijó, Caracará, Pica-pau do campo, Socó boi, Tico tico, Tesourinha, Suiriri, Bem-te-vi, Andorinha doméstica grande, Quero-quero, Martim pescador verde, Martim pescador grande, Biguá, Rolinha, João de barro, Corruíra, Besourinho-verde, Sabiá-laranjeira, Anu-branco Coruja-do-campo, Maçarico-preto, João-grande, Martim pequeno, Galinhola, Garça branca, Urubu de cabeça vermelha, Urubu de cabeça amarela, Gavião carrapateiro, Tucano, Papagaio, Garça, Coruja.
Insetos mais comuns
Cascudo, Efêmera, Libélula, Mosquito.
Outros animais
Jacaré, Cágado, Ratão do banhado, Tatu, Quati, Onça, Tamanduá, Cobra, Tartaruga, Anta, Macaco.
Animais em extinção
Os animais em extinção que habitam o Rio dos sinos são: Lontra, jacaré-do-papo-amarelo, cisne do pescoço preto e o colhecuira.
O local de maior nível de poluição é em São Leopoldo no arroio João Correia, o qual foi canalizado na decada de 80, sendo hoje utilizado como uma forma de escoamento para esgoto urbano residencial.
Inguá, Salgueiro, Sarandi, Açoita-cavalo, Corticeiros, Chapéus-de-couro, Bromélias, Orquídeas, Trepadeiras, Unha de gato, Chá-de-bugre, Paudarco, Cipós, Gramíneas, Ervas arbustivas.
Problemas ambientais
No início de outubro de 2006, ocorreu no Rio dos Sinos um crime ambiental de grandes proporções para o ecossistema, que causou a morte de no mínimo um milhão de peixes, em plena época de desova e reprodução. Este crime foi considerado pelos ecologistas como a maior tragédia ambiental dos últimos 40 anos no Rio Grande do Sul.
Como o rio está sendo poluído
Através de esgotos orgânicos e químicos devido a ação humana, especialmente nos grandes centros urbanos, que despejam diariamente grandes quantidades de reíduos domésticos e industriais nas suas águas.
Fonte: Wikipedia.com

segunda-feira, 22 de março de 2010

Reciclagem

A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de
reutilização.
O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado material já beneficiado em outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel.
O
papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi beneficiado pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura diferente e gramatura diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de retornar o material utilizado ao seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do processo resulta em um novo material de características diferentes.
Outro exemplo é o vidro. Mesmo que seja "derretido", nunca irá ser feito um outro com as mesmas características tais como cor e dureza, pois na primeira vez em que foi feito, utilizou-se de uma mistura formulada a partir da areia.
Já uma lata de
alumínio, por exemplo, pode ser derretida de volta ao estado em que estava antes de ser beneficiada e ser transformada em lata, podendo novamente voltar a ser uma lata com as mesmas características.
A palavra reciclagem difundiu-se na
mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
Como disposto acima sobre a diferença entre os conceitos de reciclagem e reaproveitamento,em alguns casos, não é possível reciclar indefinidamente o material. Isso acontece, por exemplo, com o
papel, que tem algumas de suas propriedades físicas minimizadas a cada processo de reciclagem, devido ao inevitável encurtamento das fibras de celulose.
Em outros casos, felizmente, isso não acontece. A reciclagem do
alumínio, por exemplo, não acarreta em nenhuma perda de suas propriedades físicas, e esse pode, assim, ser reciclado continuamente.
Cores dos cestos de separação para reciclagem

No Brasil os recipientes para receber materiais recicláveis seguem o seguinte padrão:

Azul:
papel/papelão
Vermelho:
plástico
Verde:
vidro
Amarelo: metal
Preto:madeira
Laranja: resíduos perigosos
Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
Roxo: resíduos radioativos
Marrom: resíduos orgânicos
Cinza: resíduo geralmente não reciclável, misturado ou contaminado, não sendo possível de separação.
Vantagens da reciclagem

Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos campos econômico e social.
No
meio-ambiente a reciclagem pode reduzir a acumulação progressiva de resíduos a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre outros tantos fatores negativos.
No aspecto econômico a reciclagem contribui para o uso mais racional dos
recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de re-aproveitamento.
No âmbito social, a reciclagem não só proporciona melhor
qualidade de vida para as pessoas, através das melhorias ambientais, como também tem gerado muitos postos de trabalho e rendimento para pessoas que vivem nas camadas mais pobres.
No
Brasil existem os carroceiros ou catadores de papel, que vivem da venda de sucatas, papéis,alumínio e outros materiais recicláveis deixados no lixo.Eles também trabalham na colecta ou na classificação de materiais para a reciclagem. Como é um serviço penoso, pesado e sujo, não tem grande poder atrativo para as fatias mais qualificadas da população.

Catadores de recicláveis em lixão

Assim, para muitas das pessoas que trabalham na reciclagem (em especial os que têm menos educação formal), a reciclagem é uma das únicas alternativas de ganhar o seu sustento.
O manuseio de resíduos deve ser feito de maneira cuidadosa, para evitar a exposição a agentes causadores de doenças.
No
Brasil, a cidade que mais recicla seu resíduos é Curitiba: atualmente, 20% de todo os resíduos produzidos - cerca de 450 toneladas por dia - são reciclados na cidade.

Tipos de reciclagem
Reciclagem de aço
Reciclagem de alumínio
Reciclagem de baterias
Reciclagem de computadores
Reciclagem de embalagens longa vida
Reciclagem de entulho
Reciclagem de madeira
Reciclagem de metal
Reciclagem de papel
Reciclagem de plástico e embalagens
Reciclagem de vidro

· Reciclagem de aço

A reciclagem de aço é o reaproveitamento do
aço utilizado em objetos que já não estão funcionando para produzir novos objectos.
O aço é utilizado em diversos materiais, desde
latas até carros. Sua reciclagem é tão antiga quanto a própria história de sua utilização. O aço pode ser reciclado infinitas vezes, com custos menores e menos dispêndio de energia do que na sua criação inicial.
Ele pode ser separado de outros resíduos por diversos processos químico-industriais e voltar a ser utilizado sem perder suas características iniciais.
A lata de aço é uma das embalagens mais utilizadas em todo mundo para acondicionar alimentos e produtos diversos. A embalagem pode ser
biodegradada pelo próprio ambiente, através do processo de ferrugem, num prazo médio de três anos. Porém o aço, se aproveitado, pode gerar economias e menos agressão ao meio ambiente.
Estudos dizem que a cada 75 latas de aço recicladas, uma árvore é salva, pois, do contrário, viraria
carvão vegetal.
O aço também é muito utilizado na
construção civil para sustentar estruturas de concreto. A reciclagem de entulho da construção civil também é bastante importante.

· Reciclagem de alumínio

A reciclagem de alumínio é o processo pelo qual o alumínio pode ser reutilizado em determinados produtos, após ter sido inicialmente produzido.
O processo resume-se no derretimento do metal, o que é muito menos dispendioso e consome muito menos energia do que produzir o alumínio através da
mineração de bauxita. A mineração e o refino deste requerem enormes gastos de eletricidade, enquanto que a reciclagem requer apenas 5% da energia para produzi-lo. Por isto, a reciclagem tornou-se uma atividade importante para esta indústria.
O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de
sucatas geradas por produtos de vida útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. O alumínio reciclado pode ser obtido a partir de esquadrias de janelas, componentes automotivos, eletrodomésticos, latas de bebidas, entre outros. A reciclagem não danifica a estrutura do metal, que pode ainda ser reciclado infinitamente e reutilizado na produção de qualquer produto com o mesmo nível de qualidade de um alumínio recém produzido por mineração.
Pelo seu valor de mercado, a sucata de alumínio permite a geração de renda para milhares de famílias brasileiras envolvidas da coleta à transformação final da sucata.
Desta forma, a reciclagem do alumínio gera benefícios para o país e o meio ambiente, além de ser menos custoso de obter do que através da sua produção por mineração.

Curiosidades

O alumínio líquido (700 °C), demora até duas horas e meia para atingir o estado sólido, dependendo do volume de metal assim como temperatúra ambiente, local de armazenagem, etc.
Um quilo de alumínio reciclado, evita a extração de cinco quilos de
bauxita.
O ciclo médio de vida de uma lata de alumínio é de 30 dias, desde sua colocação na prateleira do supermercado, até seu retorno reciclada.
A reciclagem de uma única
lata de alumínio, pode economizar a energia necessária para manter um televisor ligado durante 3 horas ou uma lâmpada de 100 watts por 20 horas.
Em média um
quilo equivale a 74 latas.

Benefícios

Econômicos


Fonte de renda para diversos tipos de mão-de-obra.
Injeção de recursos na economia local.
Grandes investimentos não são necessários.
Economia considerável de energia elétrica.


Sociais


Diminuição da quantidade de lixo nos aterros sanitários.
O meio ambiente é menos agredido.
Colaboração com o crescimento da consciência ecológica.
Estímulo da reciclagem de outros materiais.
Áreas carentes são beneficiadas com o aumento de renda.


Políticos


Ajuda na composição do lixo urbano.
Colaboração no estabelecimento de políticas de destino de resíduos sólidos.
Adaptável a realidades de diferentes tipos e tamanhos de cidades.

Reflexos Ambientais e Sociais

A reciclagem de alumínio cria uma cultura de combate ao desperdício. Difunde e estimula o hábito do reaproveitamento de materiais, com reflexos positivos na formação da cidadania e no interesse pela melhoria da qualidade de vida da população. O alto valor agregado do alumínio desencadeia um benefício indireto para outros setores, como o plástico e o papel. A valorização do alumínio para o sucateiro torna atraente sua associação com coletas de outros materiais de baixo valor agregado e grande impacto ambiental. Além disso, a perspectiva de reaproveitamento permanente chama a atenção da sociedade por produtos e processos limpos, criando um comportamento mais renovável em relação ao meio ambiente no Brasil.

Números da reciclagem

O
Brasil é (em 2005) pentacampeão na reciclagem de latas de alumínio em países onde a reciclagem de embalagens não é obrigatória por lei. O país reciclou, em 2005 96,2% das latas disponíveis no país, o que equivale a 127,6 mil toneladas de latas. Desde então, o país vem sendo seguido pelo Japão, Argentina e Estados Unidos embora existam países no mundo que possuam índices de reciclagem maiores que o brasileiro.
Embora este índice seja alto, não podemos nos esquecer de que ele é tão expressivo graças ao 1 milhão de pessoas catando sucatas nas ruas do Brasil. Graças ao processo de reciclagem essas pessoas tem acesso a renda, pois em geral não possuem formação suficiente para se adequar ao mercado de trabalho.
Entre 2000 e 2005, subiu de 10% para 24%, a participação de clubes e condomínios na coleta de alumínio, mostrando um maior engajamento da classe média.

· Reciclagem de baterias

A reciclagem de
baterias é um processo de recuperação dos materiais constituintes das mesmas, tendo em vista não só o seu reaproveitamento, como remover a sua deposição em aterros sanitários, diminuindo assim o seu volume, e a contaminação de aquíferos subterrâneos.
Em termos técnicos, a
reciclagem consiste na recapturação dos materiais, nomeadamente Manganês, Zinco, Aço e Carbono, para serem reintroduzidos no processo industrial, evitando com isso a deposição dos metais pesados, tóxicos e altamente poluentes na natureza, ao mesmo tempo que diminui a necessidade de exploração mineira para a obtenção dos mesmos.


Gestão de Pilhas e Acumuladores
Em
Portugal o decreto-lei nº 62/2001 confere prioridade à diminuição da perigosidade das pilhas e acumuladores usados, estabelecendo proibições de comercialização para determinadas pilhas e acumuladores contendo substâncias perigosas, em conformidade com a Directiva nº 98/101/CE. Com o mesmo decreto é criada a CAGPA - Comissão de Acompanhamento da Gestão de Pilhas e Acumuladores.

· Reciclagem de computadores
A reciclagem de computadores é um termo genericamente utilizado para designar a
reciclagem de computadores (na íntegra ou partes) como matéria-prima para novos produtos do ramo ou o reaproveitamento e a reutilização destes.
Segundo dados do
Greenpeace, por ano, são produzidos até 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos no mundo inteiro.


Projetos
Existem diversos projetos internacionais (como Solving the E-waste Problem, StEP, da
Universidade das Nações Unidas) tratando questões da reutilização de equipamentos eléctricos e electrónicos. Um dos projetos locais e caritativas é a iniciativa linux4afrika da associação alemã FreiOSS que reequipa computadores doados com a distribuição Linux Edubuntu e organiza o transporte dos computadores para a África, principalmente para escolas de Moçambique e Tanzânia.
Em 2007 o
Governo do Brasil anunciou um plano de implantação de uma rede nacional de Centros de Recondicionamento e Reciclagem de Computadores (CRC). O plano faz parte do projeto Inclusão digital e visa recuperar computadores descartados anualmente pelos órgãos governamentais e pela iniciativa privada e destiná-los à telecentros, escolas e bibliotecas.
O projeto
brasileiro MetaReciclagem começou com um grupo que reciclava computadores, mas atualmente define-se como uma rede aberta que promovia a desconstrução e apropriação de tecnologias.
Em
São Paulo foi instalado o primeiro centro público de reciclagem de lixo eletrônico em agosto de 2009 por iniciativa da Universidade de São Paulo.

Legislação
Brasil
No
Brasil, não há legislação nacional que define critérios para a reciclagem e o tratamento de resídios eletrônicos. Para o Estado de São Paulo foi publicado em julho de 2009 a Lei 13.576 que institui normas e procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico.
União Europeia
Em janeiro de 2003 entrou em vigor a
diretiva 2002/95/CE da União Europeia que regulamenta o tratamento de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE), obrigando (entre outros) os fabricantes a se responsabilizar por todos os eletrônicos produzido. Em vigor está também a directiva Directiva 2002/95/CE (RoHS) que restrita o uso de determinadas substâncias perigosas em equipamentos eléctricos e electrónicos.

· Reciclagem de embalagens longa vida

A reciclagem de embalagens longa vida é o processo pelo qual são reintegrados à cadeia produtiva os materiais componentes deste tipo de embalagem.


O processo de
reciclagem consiste de duas etapas independentes e sucessivas. A primeira delas é a reciclagem do papel e a seguinte a reciclagem do composto de polietileno e alumínio. O papel reciclado pode ser utilizado por exemplo para a produção de papelão ondulado, caixas, papel para tubetes. O composto de polietileno e alumínio pode ser utilizado para a fabricação de peças plásticas, placas, telhas ou, através da sua completa separação via processo a plasma, para a produção de parafina e alumínio metálico.

A embalagem longa vida
A embalagem longa vida é uma embalagem asséptica para o envase de alimentos permitindo sua melhor conservação. Esta embalagem é composta de seis camadas de três materiais:
papel, responsável pela estrutura; polietileno de baixa densidade, responsável pela adesão e impermeabilidade entre as camadas; e alumínio, barreira contra luz e oxigênio. O papel representa em média 75%, em massa, o polietileno representa 20% e o alumínio, 5%.


Reciclagem do papel
Uma vez coletadas através de iniciativas de
coleta seletiva estas embalagens pós-consumo são enfardadas e encaminhadas para uma indústria papeleira. Nesta industria as embalagens longa vida seguem para um equipamento industrial chamado hidrapulper, que se assemelha a um liquidificador de grande porte, onde são misturadas a água de processo e agitadas mecanicamente durante cerca de 30 minutos. Durante este tempo as fibras de papel da embalagem são separadas das camadas de plástico e alumínio ficando misturadas a água. As fibras de papel juntamente com a água passam por uma peneira no fundo do hidrapulper que retém o plástico com o alumínio deixando que a polpa siga o processo normal de fabricação de papel até se transformar em uma bobina de papel reciclado, enquanto o plástico e o alumínio, ainda unidos, são retirados do equipamento, enfardados e seguem para outras empresas para continuarem seu processo de reciclagem.

Reciclagem do composto de polietileno e alumínio
Para a reciclagem do composto de polietileno e alumínio das embalagens longa vida existem três processos industriais: a fabricação de peças plásticas, a fabricação de placas e telhas, e a completa sua separação através da tecnologia a plasma.


Fabricação de peças plásticas

Os fardos desse composto chegam a um reciclador de plástico e entram em um processo de lavagem para retirar o pequeno residual de fibras de papel que ainda existe neste material. Uma vez limpo, este material passa por um processo de aglutinação que retira boa parte da umidade e faz com que o material ganhe densidade que será importante no processo seguinte, a extrusão. Na extrusão o material é transportado por uma rosca aquecida que faz com que o material derreta e se homogeneize formando uma massa uniforme que é pressionada contra uma tela, para a produção dos pellets, que são pequenos fragmentos de plástico que é a forma com que o plástico, seja ele reciclado ou não, é vendido no mercado. A partir desses pellets é possível utilizar equipamentos de injeção e rotomoldagem para fabricação dos mais diversos artefatos de plástico. Os pellets reciclados de plástico e alumínio de embalagens longa vida tem sua composição aproximada em massa de 80% polietileno e 20% alumínio.

Fabricação de placas e telhas
É o processo mais simples para a reciclagem do composto de polietileno e alumínio de embalagens longa vida. Os fardos desse material são recebidos das indústrias papeleiras e seguem diretamente para o processo de secagem e trituração. Uma vez triturado este material é dosado em formas sobre um filme desmoldante e levado para uma prensa aquecida a cerca de 180°C. Estas prensas são similiares às prensas utilizadas para a fabricação de compensados de madeira. Após algum tempo nesta temperatura o plástico se funde ao alumínio formando uma placa.


Esta placa é retirada do equipamento e resfriada. Este tipo de placa pode ser usada para fabricação de móveis, ou em substituição a madeira em algumas aplicações, como por exemplos divisórias e tapumes para construção civil. Esta mesma placa, enquanto ainda quente, também pode ser moldada em formas onduladas para a fabricação de uma telha similar às telhas de fibrocimento. Esta telha reciclada tem propriedades térmicas interessantes além de ser mais leve.


Tecnologia a plasma
Nos dois processos anteriores tanto o polietileno quanto o alumínio das embalagens longa vida são reciclados em conjunto, ficando unidos após os respectivos processos. Com o desenvolvimento da tecnologia a
plasma é possível fazer esta separação. Neste processo os fardos do composto de polietileno e alumínio chegam das papeleiras são abertos e lavados para a retirada do residual de papel. Na seqüência esse material é alimentado em um forno aquecido por uma tocha de plasma e no qual não há a presença de oxigênio. Esta tocha de plasma libera muita energia na forma de calor para este forno fazendo com que as cadeias de carbono do polietileno se quebrem em cadeias menores que são vaporizadas e extraídas do reator, enquanto o alumínio se funde. A temperatura do forno é acima de 700°C. Após extraídas do reator as cadeias de carbono gaseificadas são condensadas formando um composto parafínico que tem aplicações na indústria petroquímica enquanto o alumínio fundido é resfriado na forma de lingotes que volta para industria de alumínio para um novo ciclo de produtos.

Taxa de Reciclagem

Segundo o
Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem no Brasil em 2008 foram recicladas 26,6% de todas as embalagens longa vida fabricadas no Brasil.



Tetra Pak

Tetra Pak, também conhecida por Tetra Brik (uma mistura do
grego: τετρα: quatro, e do inglês: Pack: pacote ou embalagem), é uma empresa multinacional de origem sueca, que fabrica (produz) embalagens para alimentos. Foi fundada em 1951, em Lund (Suécia) por Ruben Rausing e Erik Wallenberg.
A companhia faz parte do grupo
Tetra Laval, no qual está incluída a Sidel, empresa especializada no fabrico de garrafas de PET (plástico).


Como funciona a embalagem Tetra Pak

O produto longa vida é embalado em uma caixinha para que não seja contaminado por microorganismos, criando uma barreira especial de seis camadas. As quatro primeiras protegem de fato o leite (por isso levam o nome de Tetra Brik).
As camadas da caixinha são de diferentes materiais, que, além de protegerem, ajudam a conservar o produto. São assim divididas cada camada (iniciando de dentro para fora): duas camadas de plástico (protege o produto e evita contato com as demais camadas); uma camada de alumínio (evita a passagem de oxigênio, luz e a contaminação do meio externo); a quarta camada também é de plástico, seguida da quinta camada, de papel, que dá sustentação à
embalagem e permite a inscrição das informações e descrição da marca fabricante. Por fim, uma última camada de plástico que protege esta quinta camada de papel.
Por não conter nenhum microorganismo, e estando adequadamente protegido pela embalagem, o produto longa vida é totalmente seguro e saudável para o consumidor. Os produtos longa vida não precisam ser armazenados na geladeira antes de abertos. O tratamento pelo qual o produto passou na indústria elimina todos os microorganismos que poderiam contaminá-lo. Além disso, a embalagem longa vida constitui uma perfeita barreira contra a entrada de agentes que prejudicam a qualidade do leite, como microorganismos, luz, ar, e etc.
Depois de aberto, o produto da caixinha entra em contato com o meio ambiente, podendo sofrer contaminação e estragar rapidamente. Portanto, o produto longa vida deve ser armazenado em geladeira após sua abertura. A baixa temperatura da geladeira conserva o produto por mais tempo depois de aberto, pois reduz a atividade dos microrganismos.


História

· O Fundador
A história da Tetra Pak tem início quando seu fundador, o sueco Dr. Ruben Rausing, na época cursando a
universidade de Harvard (EUA), descobriu as lojas de auto-serviço. Ruben Rausing achou que a novidade americana iria, em breve, se espalhar pela Europa. As empresas, então, precisariam de embalagens práticas para acondicionar e preservar os alimentos, muitos até então vendidos à granel. Nascia a primeira embalagem da Tetra Pak.
· A Empresa
Em 1951, já de volta à
Suécia, Dr. Ruben Rausing idealizou a embalagem, em formato de tetraedro (quatro faces, triangular, com base horizontal). O primeiro produto da Tetra Pak foi revolucionário, em cartão de papel, usado para guardar e transportar leite. Esta embalagem foi chamada de Tetra Classic. Rausing começou a idealizar o desenho (este projeto) em 1943. Em 1950 havia criado técnicas de fabricação de cartões herméticos, usando um sistema de cartolina forrada em plástico. Em 1952, a empresa já comercializava sua primeira máquina de embalagens cartonadas. O creme de leite foi o primeiro produto a ser embalado pela Tetra Pak. Três anos depois as embalagens da Tetra Pak começaram a acondicionar leite pasteurizado. A embalagem tipo longa vida, no entanto, seria criada apenas em 1961. Foi neste ano que Dr. Ruben Rausing uniu os conceitos de ultrapasteurização e embalagem asséptica, criando a embalagem que protegeria o leite, sem necessidade de conservantes e refrigeração.
O filho de Rausing,
Hans Rausing, orientou a empresa desde 1954 até 1985, levando a companhia a ser uma das maiores empresas suecas. Antes da sua morte em 1983, Ruben Rausing foi uma das pessoas mais ricas na Suécia.
Tetra Pak, foi fundada no conceito de que uma embalagem deveria guardar mais do que o seu custo.
· Actualmente
Hoje, a Tetra Pak está presente em mais de 165 países - é uma organização global que produz sistemas integrados para processamento, embalagem, distribuição e embalagens cartonadas para alimentos como leite e derivados, sucos, chás, derivados de tomate, cremes, molhos e etc.

Negócios

A Tetra Pak é a maior fornecedora do mundo em caixas de cartolina (tetrabrik) e garrafas para o
leite, sopas, sucos e outros produtos líquidos (alimentares). A empresa também fabrica equipamentos usados na embalagem (ou empacotagem) de alimentos e o seu processamento. Oferece uma vasta gama e alternativas de embalagens, desde de caixas de cartolina (ou apenas cartão) às garrafas de plástico de PET e EBM. Para além de fornecer cartão e materiais de plástico, a Tetra Pak também desenvolve e fabrica equipamentos-chave, tais como, homogeneizadores, unidades de mistura e estandardização (ou padronização) , alternadores de temperatura a quente e componentes de sistemas e maquinaria. Seu foco são cinco categorias de alimentos: leite, queijo, bebidas, Refeições prontas e gelados (sorvete).
Para a maioria das pessoas, Tetra Pak é sinônimo de pacotes de caixa de papelão para leite, suco e bebidas. Recentemente, a Tetra Pak lançou uma campanha de marketing que declarava: "A Tetra Pak é uma companhia, não um pacote". A Tetra Pak fez questão de dar a conhecer toda a sua gama de embalagens, sendo estas a Tetra Classic, a Tetra Wedge, a Tetra Rex, a Tetra Top e a Tetra Brik, mas que nenhuma se denominava de " Tetra Pak " ou simplesmente " Tetra ".
Segundo a própria empresa, a Tetra Pak é a "única multinacional capaz de integrar os processo de embalagem e distribuição para além de estabelecer soluções para alimentos liquidos".
A Tetra Pak produz material para embalagem de produtos em 59 fábricas, 77 escritórios regionais e tem mais de 20.150 empregados ao redor do mundo. Todos os dias mais de 200 milhões de embalagens Tetra Pak são distribuídas em mais de 165 mercados.
Em Dezembro de
2004, quando rebentou o escândalo Parmalat, houve relatos de que a família Tanzi teria beneficiado directamente de certas actividades duvidosas. Segundo os investigadores do caso, houve relatos por parte do antigo responsável do grupo financeiro da empresa de que a família Tanzi teria recebido milhões de euros da Tetra Pak como forma de recompensar os Tanzi por terem possibilitado algo que acabou por beneficiar a Tetra Pak. A multinacional fabricante de embalagens negou qualquer envolvimento em actividades ilegais alegando que a Parmalat enquanto sua grande cliente, beneficiava de descontos em embalagens para os seus produtos, prática que segundo a Tetra Pak, é exercida também com outras grandes empresas suas clientes.

Tecnologia Tetra Pak

Logo após sua formação, a Tetra Pak viu maneiras de expandir em mercados e tecnologias além de derivados frescos de leite. Durante a década de 1950, a Tetra Pak juntou esforços em pesquisa e desenvolvimento com a Ursina, uma empresa suíça que havia desenvolvido uma nova técnica de esterilização de leite. Por injeção de vapor, a Ursina conseguia produzir leite esterilizado com praticamente o mesmo gosto e valor nutricional que o leite fresco.
O desafio para a Ursina foi encontrar um meio econômico de embalar o leite. Em setembro de 1961, a primeira máquina de embalagem de leite anti-bacteriana foi apresentada em uma conferência de imprensa em Thun, Suíça. A tecnologia servia para estocagem em temperatura ambiente, proteção das qualidades nutricionais do conteúdo e fim da necessidade de conservantes. Isso reflectia-se no principal dogma da empresa no mundo, "Proteger o que é bom", que esteve presente em uma das mais recentes campanhas de marketing da empresa sobre os benefícios das embalagens de cartolina para o consumidor.
A transferência produtos pasteurizados a temperaturas ultra altas (
UHT, o processo desenvolvido pela Ursina) para as embalagens pré esterilizadas é feita num ambiente estéril.
Em Julho de
2004 lançou a gama "Tetra Recart" nos Estados Unidos da América usando tecnologia de esterilização intra-embalagem, a empresa foi assim capaz de criar uma alternativa válida para embalagem de uma grande variedade de produtos (fruta, vegetais, etc) que até então eram embalados usando latas de alumínio ou recipientes de vidro.
A Janeiro do ano seguinte, a Tetra Pak anunciou a única embalagem anti-bacteriana capaz de dar resposta ao crescente mercado de molhos pré-preparados tanto para o consumidor como para empresas da área da restauração. A embalagem que contém o molho é colocada directamente dentro do micro-ondas após ter sido aberta, levando apenas um minuto ou dois (dependendo do molho e da potência do micro-ondas).

Aquisições e expansões

Laval foi parte do grupo da Tetra Pak Group entre os anos de 1991 e 2000. Em 1991, Alfa Laval Agri, uma empresa que fabrica de maquinaria (equipamentos) para a recolha de leite (leitaria/vacaria), e para a agricultura; esta foi dividida da Alfa Laval. Quando Alfa Laval foi vendida, Alfa Laval Agri permaneceu parte do grupo da Tetra Pak e foi rebaptizada com o nome de DeLaval, em nome do fundador da empresa, Gustaf de Laval.

Expansão

A empresa expandiu suas atividades na década de 90, adquirindo a Alfa Laval, um dos maiores fornecedores mundiais de equipamentos e plantas para a indústria alimentícia. A Tetra Pak passou a oferecer a seus clientes sistemas completos integrando as linhas de processamento, embalagem e distribuição de produtos.




· Reciclagem de entulho

O
lixo urbano e a maneira como é depositado hoje em dia destaca-se como um dos principais problemas da sociedade moderna. É um problema preocupante que vem aumentando com o passar dos anos, com o crescimento da construção civil no país aumenta consideravelmente a quantidade de entulho produzido, principalmente nas grandes cidades. A quantidade de entulho gerado nas construções que são realizadas nas cidades brasileiras demonstra um enorme desperdício de material. Os custos deste desperdício são distribuídos por toda a sociedade, não só pelo aumento do custo final das construções como também pelos custos de remoção e tratamento do entulho. Os entulhos provenientes das construções nas cidades brasileiras acarretam sérios desperdícios de materiais, custos de remoção e tratamento. É muito comum vermos estes resíduos sendo colocados em locais impróprios, como aterros clandestinos, margens de rios, córregos e terrenos baldios. Com isso causando e assoreamento das margens dos cursos d’água, entupimento de bueiros e galerias causando enchentes, e a diminuição da qualidade de vida nas áreas urbanas. A reciclagem de resíduos ou entulhos da construção civil para a produção de tijolos surge como uma importante alternativa para amenizar vários problemas na área urbana, tanto nos setores sociais e ambientais, como no econômico.

Reciclagem de entulhos

Apesar de causar tantos problemas, o
entulho deve ser visto como fonte de materiais de grande utilidade para a construção civil. A reciclagem na área de construção civil se dá por duas vias:
uso de
resíduos de outras indústrias, como siderúrgica e metalúrgica;
transformação dos
resíduos de obras e demolição em novos materiais de construção.

Para
reciclar entulhos faz-se, primeiramente, uma triagem das frações inorgânicas e não-metálicas do resíduo, excluindo madeira, plástico e metal, que são direcionados para outros fins. Em seguida obtém-se o agregado reciclado, que é o resíduo britado ou quebrado em partes menores. Com este método aplicado aos resíduos será possível identificar sua composição, os compostos que podem ser extraídos dele e saber qual a planta industrial mais adequada para a reciclagem e a melhor alternativa de aproveitamento dos resíduos.

Reciclagem do concreto

Mais de 90% dos resíduos provenientes de construções civis podem ser reciclados, reutilizados e transformados em agregados com características bastante semelhantes ao produto original, a partir de matérias-primas com custo muito baixo. É possível reciclar qualquer concreto, desde que seja escolhido o uso adequado e se respeitem as limitações técnicas. As centrais de reciclagem contam com máquinas semelhantes às de mineradoras, como esteiras rolantes, britadores, peneiras e classificadores de granulometria. Apenas os concretos com substancias contaminantes, podem trazer prejuízo às propriedades do concreto no estado fresco e endurecido, e não devem ser utilizados como matéria-prima. Equipamentos diferentes reciclam o concreto fresco e o endurecido. Para o concreto fresco são usados lavadores que separam agregados graúdos dos miúdos. Para o endurecido, britadores de mandíbula ou de impacto, decompõem estes materiais. O entulho é separado, britado, lavado, peneirado e classificado.
É também facilitada a segregação entre resíduos cimentícios e cerâmicos. Devido ao menor volume de materiais, a técnica de reaproveitamento na própria obra exige equipamentos sofisticados. Nesses casos, devido à menor homogeneidade do material processado, recomenda-se o reaproveitamento como agregado para revestimento ou argamassa de assentamento. O procedimento é simples: o material é encaminhado por dutos a uma mini-central de processamento, onde é triturado para ser normalmente utilizado como agregado. É possível também utilizar um moinho de rolo para a trituração.
Agregados reciclados provenientes de concretos estruturais apresentam melhor qualidade em relação aos agregados provenientes de tijolos cerâmicos e argamassas e podem ser usados em aterros de inertes, obras de pavimentação, agregados para argamassas e até concretos estruturais.
No caso de
concreto estrutural, é preciso maior acuidade para dosar e especificar o material reciclado, a mistura entre o agregado reciclado e o agregado normal traz bons resultados.

Produtos obtidos na reciclagem

Grandes pedaços de concreto podem ser aplicados como material de construção para prevenção de processos erosivos na orla marítima e das correntes, ou usado em projetos como desenvolvimento de recifes artificiais. O entulho triturado pode ser utilizado em pavimentação de estradas, enchimento de fundações de construção e aterro de vias de acesso. É possível produzir agregados – areia, brita e bica corrida para uso em pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos, e uso em argamassas e concreto. Da mesma maneira, pode-se fabricar componentes de construção – blocos, briquetes, tubos para drenagem e placas. Os principais resultados produzidos pela reciclagem do entulho são benefícios ambientais. Os benefícios são conseguidos não só por se diminuir a deposição em locais inadequados, como também por minimizar a necessidade de extração de matéria-prima em jazidas. As experiências indicam que é vantajoso economicamente substituir a deposição irregular do entulho pela reciclagem. Estima-se que o custo da reciclagem significa 25% desses custos. A produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80% em relação aos preços dos agregados convencionais.

Reciclagem de tijolos

De fácil montagem e a um custo bem menor, os tijolos ecológicos, fabricados a partir do lixo industrial, possuem quase o dobro de resistência que os tijolos comuns. O aproveitamento dos tijolos vai mais além, se for transformado em pó, o tijolo substitui parcialmente o cimento, que é considerado um material muito poluente. Outra forma barata de se produzir material de construção é substituir o “tijolo cozido”, pelo de “terra crua”.
A fabricação dispensa o uso de forno à lenha e durante o processo de fabricação não há desmatamento e nem queima de carvão, não lançando resíduos tóxicos no meio ambiente, esses são os chamados tijolos recicláveis, que são obtidos a partir da mistura de tipos de solo com cimento e água. Depois de misturados os elementos, a mistura é compactada em até 12.000 kg de pressão.
Finalmente curada e secada. Os tijolos ecológicos possuem resistência superior à exigida pelas Normas Técnicas.

· Reciclagem de papel

A reciclagem de papel é o reaproveitamento do papel não-funcional para produzir papel reciclado.
Há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as para pré-consumo (recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado consumidor) e as para pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de ruas). De um modo geral, o papel reciclado utiliza os dois tipos na sua composição, e tem a cor creme.
A aceitação do papel reciclado é crescente, especialmente no mercado corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico, o que faz com que alcance um preço até maior que o material virgem. No
Brasil, os papéis reciclados chegavam a custar 40% a mais que o papel virgem em 2001. Em 2004, os preços estavam quase equivalentes, e o material reciclado custava de 3% a 5% a mais. A redução dos preços foi possibilitada por ganhos de escala, e pela diminuição da margem média de lucro.
Na
Europa, o papel reciclado em escala industrial chega a custar mais barato que o virgem, graças à eficiência na coleta seletiva e ao acesso mais difícil à celulose, comparado ao do Brasil.


Processo de produção do papel reciclado

Abaixo, seguem as etapas do processo de produção de papel reciclado a partir de aparas de papéis:
Etapa 1:
Entrega das aparas (fardo) na fábrica recicladora de papel
Passa pelo controle de qualidade e é classificado
Vai para o estoque de aparas
O lote do estoque mais antigo vai para as esteiras transportadoras
O hidrapulper desagrega o papel, juntamente com água industrial
Depois de desagregado, a bomba puxa a massa de papel para outras etapas
Etapa 2 - turbo tiraplástico (retirada de plástico)
Etapa 3 - processo de centrifugação para retirada de impurezas (areia, prego, etc)
Etapa 4 - processo de refino da massa
Aditivos são adicionados à massa: sulfato de alumínio, amido de mandioca, etc
Etapa 5 - Caixa de entrada da máquina de papel
Etapa 6 - Mesa formadora (vácuo retira umidade excedente)
Etapa 7 - Prensa acerta gramatura do papel
Etapa 8 - O papel passa pelos rolos secadores
Etapa 9 - Chega até a enroladeira
Etapa 10 - Forma-se o rolo de papel
Etapa 11 - O rolo é transportado por ponte rolante até a rebobinadeira
Etapa 12 - O papel é rebobinado conforme formato da bobina
Etapa 13 - A bobina de papel acabada vai para o controle de qualidade
Etapa 14 - Vai para o estoque, podendo ser vendida ou vai para a cartonagem, transformando-se em chapa de papelão, a fim de ser industrializada como caixas de papelão
Mas, se você quiser reciclar o papel em sua casa (artesanalmente) siga as instruções aseguir:


Etapa 1: Corte os papéis que deseja reciclar. Ponha em uma bacia com água. Deixe descansar por 24 hrs.
Etapa 2: Mexa essa mistura ou bata no liquidificador.
Etapa 3: Seque pondo em redes.Prense se quiser.
Etapa 4: Ponha essas redes para secar no sol.
Dica: Se quiser papéis coloridos use corante na cor desejada durante a "Etapa 1".

· Reciclagem de plástico

A reciclagem de plástico consiste no processo de reciclagem de artefatos fabricados a partir de resinas (polímeros), geralmente sintéticas e derivadas do petróleo.

Reciclagem primária ou pré-consumo
É a conversão de resíduos
plásticos por tecnologia convencionais de processamento em produtos com caraterísticas de desempenho equivalentes às daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens.

Reciclagem terciária
É a conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis, por processos termoquímicos (
pirólise, quimólise, conversão catálica). Por esses processos, os materiais plásticos são convertidos em matérias-primas que podem originar novamente as resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e óleos combustíveis.

Separação
Os diferentes tipos de plásticos são separados antes de serem reciclados. Esse processo é feito através das densidades destes.



Polipropileno 0,90 – 0,915
Polietileno de Baixa Densidade 0,910 - 0,930
Polietileno de Alta Densidade 0,940 - 0,960
Nylon 1,13 – 1,15
Acrílico 1,17 – 1,20
Poli (cloreto de vinila) 1,220 - 1,300
Poli (tereflalato de etileno) 1,220 - 1,400

· Reciclagem de vidro

O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida com o resfriamento de uma massa líquida à base de sílica.
Em sua forma pura, o vidro é um
óxido metálico super esfriado transparente, de elevada dureza, essencialmente inerte e biologicamente inativo, que pode ser fabricado com superfícies muito lisas e impermeáveis. Estas propriedades desejáveis conduzem a um grande número de aplicações. No entanto, o vidro é frágil, quebra-se com facilidade.
A Reciclagem do vidro é o processo pelo qual o
vidro é reaproveitado para cria novos materiais, o processo se dá basicamente derretento o vidro para sua reutilização. Dependendo da finalidade do seu uso, pode ser necessário separá-lo em cores diferentes. As três cores principais são:

Vidro incolor
Vidro verde
Vidro marrom/
âmbar

Os componentes de vidro decorrentes de lixo municipal (lixo doméstico e lixo comercial) são geralmente: garrafas, artigos de vidro quebrados, lâmpada incandescente, potes de alimentos e outros tipos de materiais de vidro. A reciclagem de vidro implica um gasto de energia consideravelmente menor do que a sua manufatura através de areia, calcário e carbonato de sódio. O vidro pronto para ser novamente derretido é chamado de cullet.

Vidro e o meio ambiente

O vidro é um material que não se pode determinar o tempo de permanência no meio ambiente sem se degradar, e também não é nocivo diretamente ao meio ambiente, por isso é um dos materiais mais recicláveis que existe no consumo humano[1]. Durante sua produção, a poluição atmosférica não é um problema, visto que a maioria dos fornos funcionam com energia elétrica. Para minimizar as emissões gasosas dos fornos a gás, as indústrias utilizam gás natural, que provoca menor impacto no meio ambiente.

A reutilização do vidro

A reutilização do vidro é preferível à sua reciclagem. Garrafas são extensamente reutilizadas em muitos países europeus e no Brasil. Na Dinamarca, 98% das garrafas são reutilizadas e 98% destas retornam para os consumidores. Porém, estes hábitos são incentivados pelo governo. Em países como a Índia, o custo de fabricação das novas garrafas obriga a reciclagem ou a reutilização de garrafas velhas.

Reciclagem de vidro

O vidro é um material ideal para a reciclagem e pode, dependendo das circunstâncias, ser infinitamente reciclado. O uso de vidro reciclado em novos recipientes e cerâmicas possibilita a conservação de materiais, a redução do consumo de energia (o que ajuda nações que têm que seguir as diretrizes do Protocolo de Quioto) e reduz o volume de lixo que é enviado para aterros sanitários.



Fonte Bibliografica:
· Wikipédia – a enciclopédia livre